Impostos industriais: quais são e como reduzir

impostos industriais

Falar sobre impostos industriais é, antes de tudo, abordar uma das maiores preocupações do setor produtivo no Brasil. Afinal, o país possui um dos sistemas tributários mais complexos do mundo, o que exige atenção constante das indústrias para evitar prejuízos, multas e desperdícios financeiros.

Neste artigo, abordaremos como a contabilidade para indústrias pode ser uma aliada na gestão e redução dos tributos, apresentando os principais impostos incidentes no setor e estratégias para uma gestão fiscal mais eficiente.

Quais são os principais impostos industriais?

A seguir, listamos os tributos que incidem com maior frequência sobre as atividades industriais, explicando suas características, bases de cálculo e como afetam diretamente a operação das empresas do setor:

ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

Cobrado pelos estados, o ICMS é um dos tributos mais importantes no cenário industrial. Ele incide sobre:

  • Venda de mercadorias;
  • Serviços de transporte interestadual e intermunicipal;
  • Importação de produtos.

É importante lembrar que, no caso das indústrias, o ICMS deve ser recolhido tanto na compra de insumos quanto na venda dos produtos acabados. Por isso, a apuração correta dos créditos tributários é fundamental, pois evita pagamentos indevidos e eleva a margem de lucro.

IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados

Esse imposto federal é cobrado sempre que há industrialização, ou seja, quando um produto é modificado, transformado, acondicionado ou recondicionado para ser comercializado.

Mesmo que a operação ocorra dentro da própria empresa, ainda assim o IPI pode ser aplicado. O valor varia conforme a Tabela de Incidência do IPI (TIPI) e o tipo de produto. Portanto, conhecer essa tabela é essencial para garantir o correto enquadramento fiscal.

PIS e Cofins

De competência federal, PIS e Cofins são contribuições sociais que incidem sobre a receita bruta da empresa. A depender do regime tributário (cumulativo ou não cumulativo), é possível realizar compensações de crédito.

  • No regime cumulativo, não há possibilidade de desconto de créditos;
  • No não cumulativo, a empresa pode abater créditos relativos a insumos, o que torna a correta apuração uma estratégia de redução tributária.

ISS: Imposto Sobre Serviços

Embora seja mais comum em prestadoras de serviços, o ISS pode incidir sobre determinadas atividades industriais que envolvam prestação de serviços incorporados ao produto, como montagem e manutenção. Isso pode ocorrer principalmente em indústrias que oferecem assistência técnica.

Contribuições previdenciárias e encargos sobre a folha

A folha de pagamento também é uma área crítica para as indústrias. Afinal, encargos como INSS patronal, SAT/RAT e contribuições ao sistema “S” (SESI, SENAI, SEBRAE, etc.) representam custos significativos. A depender do grau de risco da atividade, esses valores podem ser ainda mais elevados.

Como funciona a cobrança desses impostos?

A forma como os impostos industriais são cobrados depende diretamente do regime tributário adotado pela empresa. Além disso, os valores das alíquotas aplicadas a cada imposto podem variar significativamente conforme o regime escolhido, o que influencia diretamente a carga tributária mensal.

Os três regimes mais comuns são:

  • Simples Nacional: voltado a micro e pequenas empresas, unifica tributos e tem alíquotas reduzidas, mas nem sempre é o mais vantajoso para indústrias com margens altas;
  • Lucro Presumido: utiliza margens fixas para estimar o lucro e calcular tributos federais. Pode ser vantajoso para indústrias com custos bem gerenciados;
  • Lucro Real: exige apuração contábil completa e é indicado para indústrias com margens reduzidas ou que desejam aproveitar créditos de tributos como PIS, Cofins e ICMS.

A escolha errada do regime pode fazer com que a empresa pague mais impostos do que deveria. Por isso, é fundamental revisar esse enquadramento periodicamente, a fim de garantir a melhor tributação possível.

Como garantir a tributação mais vantajosa possível?

A boa notícia é que existem diversas formas legais de reduzir a carga tributária. Essas estratégias, no entanto, exigem conhecimento técnico e acompanhamento constante das regras fiscais. Veja a seguir algumas das mais eficazes:

1. Planejamento tributário

Esse é, sem dúvida, o principal instrumento para reduzir os impostos industriais. Com um bom planejamento, é possível:

  • Escolher o regime tributário mais adequado (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real) através de estudos, diagnósticos e simulações;
  • Antecipar cenários e evitar desenquadramentos;
  • Identificar oportunidades de créditos fiscais.

2. Revisão periódica do enquadramento tributário

Empresas que permanecem por anos no mesmo regime tributário, sem revisões, correm o risco de pagar mais impostos do que o necessário. Portanto, é recomendável revisar o enquadramento sempre que houver alterações no faturamento, na margem de lucro ou na estrutura societária.

3. Recuperação de créditos fiscais

Muitas indústrias acumulam créditos tributários sem saber. Esses valores podem ser recuperados de forma administrativa, sem a necessidade de ações judiciais, desde que haja respaldo contábil adequado.

Entre os mais comuns estão:

  • Créditos de PIS e Cofins não cumulativos;
  • Créditos de ICMS pagos a maior;
  • Créditos de IPI em operações não tributadas.

4. Gestão eficiente da folha de pagamento

A redução de encargos trabalhistas pode ser feita de forma estratégica, desde que observadas as normas legais e sindicais. Algumas medidas incluem:

  • Reestruturação de cargos e salários;
  • Avaliação da possibilidade de desoneração da folha (Lei nº 12.546/2011);
  • Correta classificação de atividades para fins de RAT.

5. Automatização de processos fiscais

O uso de sistemas integrados de gestão fiscal e contábil ajuda a reduzir falhas, garantir conformidade e agilizar a apuração dos tributos. Isso é essencial, sobretudo para indústrias com grande volume de operações.

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